domingo, 13 de março de 2011

poema marinheiro



o ler me embala e quase adormeço
na corrente do poema feito barca
baloiço caravela ou moliceiro
que isto dos barcos tem seu nome próprio
capitão de fragata emoldurada
mais logo remador de bergantim
arrais ao leme contra-mestre sargaceiro
recolhendo as algas de adubar o verso
rima ruma rema sopra os panos
onde escreve com espuma e maresia
poemas de amor por navegar
nas linhas sonhadas uma a uma
luz e sombra recortados no poema
poente lua cheia madrugada
neblina da manhã da criação
um quase deus em gesto de barqueiro


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