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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

" my cousin... Alberto "


Poderia recordar histórias que, para mim, chegam nas cordas de uma guitarra há mais de vinte anos... ou falar da arte, sensibilidade, alguma teimosia, dos sons e olhares distantes e tão perto. Ou das mãos que escolhi para as ondas do fado. Do fumo ao redor da mesa ... de outros instantes de festa. De alguns olhares de tristeza e de saudade... a mesma que deixou a ligar tantos amigos!...
Mas sobretudo direi do carinho com que me dizia: "cousin", já tenho uma música quase pronta para os teus versos..." . Continua a dedilhar, "cousin", a compor, a escolher o melhor som! Espero um dia ouvir o prometido fado!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

dois poemas num só



não tenho mãos macias
não tenho mãos vazias
tenho estradas

são duas

desenhadas por canetas
cortadas por ferramentas
folhas rasgadas

as minhas

não eram mãos polidas
eram estradas
quando habitadas são ruas

as tuas




quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

a escrita e as mãos

que a poesia não produz
dizem
não faz coisas que se vejam

diferenças tonalidades
entre banalidades ainda
que sentidas.

não se faz caminho no escuro
com panos pretos
sacos fechados

a noite são as luzes acesas
tímidas mesmo
que reduzidas
                   mas belas
 
As mãos e a escrita em 1987 em Portugal, nesta dupla paixão se anunciava. As mãos desenhavam o que a escrita incipiente começava a dar corpo: a palavra. Com agradável surpresa descobri este desenho, que comigo viajou o tempo e o Atlântico, num album de fotografias e de memórias.

sábado, 31 de dezembro de 2011

vinte.2012.doze


   2012
Votos de um bom Ano com saúde,
paz, muita poesia e... mãos amigas!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

a construção das mãos ... e da escrita




de mão em mão bailam palavras - de palavra em palavra se constroem as veias da mão      


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Apresentação do livro - "mãos verdadeiras" - Newark

Centro Cultural "Os Serranos" Proverbo / Sport Club Português 




Convidamos todos os amigos para a apresentação do mais recente livro de poesia
"mãos verdadeiras", de João S Martins, publicado em Portugal pela editora Temas Originais, Lda. 

A apresentação terá lugar na
Sala VIP do Sport Club Português, Newark,
no dia 10 de Novembro de 2011 - 7:00 PM. O livro será apresentado pelo Escritor e Jornalista Luis Pires. Serão servidos aperitivos, seguidos de apresentação do livro, poesia e sessão de autógrafos.

Estarão igualmente disponíveis os livros anteriormente publicados pelo autor: "A Estrelinha da Serra e outras Histórias...", "Exercício de Pintura", "Intervalo das Palavras", “Cânticos Paralelos", "o seu nome era Maria"

Contamos consigo e com a sua amizade.  

Nota do autor
O livro é dedicado ao pai – Escultor Artista Eduardo Martins - "poeta das mãos verdadeiras e da madeira".

terça-feira, 25 de outubro de 2011

equilíbrio e sabedoria

 
a idade
transforma
a força da mão
no sereno ponto
de equilíbrio a que
a sabedoria
dá cor



    Nota: Tal como aqui, iremos apresentando diversas esculturas em vários estágios de construção

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

poema - a caixa do mundo


podes (querer) conquistar o mundo
sem ter armas, braços longos
ou caneta,

fulgor para o atingir tens dedos
e mãos para o enlaçar, esse, o outro
ou o teu mundo

aqui bem mais perto, seja ele
um espaço, um fumo simples
ou um gesto

terça-feira, 16 de agosto de 2011

poema - ai se eu tivesse um piano

Se eu tivesse um piano
com a forma de Portugal
que músicas eu tocaria
ao ritmo do meu país?
Um fado bem rendilhado
como um bordado singelo?
uma  ária, uma opereta,
ao brilho de um sol maior?
um romance à moda antiga
ou uma cantiga de amigo?
no salão nobre um concerto,
polca, um nocturno, uma valsa?
Ai se eu tivesse um piano
com a forma de um coração!...

sábado, 13 de agosto de 2011

poema - lugares possíveis


todos os lugares são possíveis
para as palavras e as rosas
bem como as palavras são
possíveis lugares para rosas

estas nem sempre precisam
de palavras para dizer
o que lhe vai entre as folhas
onde as palavras se dizem

onde as palavras se escrevem
ou até mesmo se escondem
folhas troncos e raizes
geram flores geram palavras

todas as palavras são possíveis
possíveis são as rosas
todas tal como as mãos

domingo, 31 de julho de 2011

poema - a escola

Não me lembro da tua escola,
por lá andaste e te fizeste homem,
nem sei se te vi na minha escola
homem feito andavas vida fora.

No dia do meu exame
de uma quarta classe desenvolta,
assim o pretendia a professora,
não sei se espreitaste pela porta
(“eram contas de outro rosário”
assim dizias... “vamos,
há que ir trabalhar” ).

Com outros instrumentos, ferramentas,
construías lições, davas lições, e a pedra
que de mim recebia letras e números,
para ti era alicerce, parede, telhado.
O lápis atrás da orelha via longe,
os centímetros do metro eram mais
do que a minha régua podia imaginar.
Era outra a escola...

Certo dia bateste à porta
e deste-me uma caneta de cores
que trouxeras da viagem,
da escola da distância.

Sem entrares na sala de aula me ensinaste
que um mundo tem mais cores e caminhos
que quantos um mapa pode deixar ler,
que as notas de música
também contam histórias,
que a escrita tem mais sentidos
que quantos eu pudesse imaginar.

Hoje dentro do meu mundo
tenho lápis, canetas e cores,
ferramentas preferidas do meu mundo,
desde o dia da oferta
da caneta que trouxeste de lá,
onde se aprende a vida.

Por isso te escrevo.

                In: "mãos verdadeiras" - João S Martins, 2011 
                      Pintura a óleo de Mateus Costa

segunda-feira, 4 de julho de 2011

OS SONS DA ARTE E DO SILÊNCIO 19











a luz que de tuas mãos emana não mente 
são verdadeiras as mãos que descobrem
a palavra que as enforma e descreve 
os mapas onde as ruas e vielas são linhas 
vistas do alto as estrelas desenham
as coordenadas dos sonhos e dos poemas

terça-feira, 28 de junho de 2011

SALA DE VISITAS 9


quisera voltar a esse tempo
em que lias e lias os postais
que te enviava ou as mensagens
espalhadas sobre as mesas
mesmo que escritas com o pó
dos tempos. agora já não há pó
foi limpo das mesas e das vidas
tempo esterilizado. interrompido
aqui e ali por bruscos safanões
que não aceleram o relógio.

suspeito que é assim que
as mãos envelhecem. algumas
tristes definham outras acabam
por morrer. como as plantas
não regadas pelas gotas de água 
nem pelos minutos
de espera noite fora.


Pintura a óleo de Mateus Costa                                  

terça-feira, 7 de junho de 2011

As ondas do fado 5


            Que sejam as mãos a falar
            e a construir as ondas do fado...










      enquanto, em gestos simples, outras mãos 
se entregam à madeira,
fazendo florir as mãos e as ondas!


(nova etapa da escultura  "As ondas do Fado" dedicada à mão direita que dedilha as cordas)

sábado, 16 de abril de 2011

As ondas do fado 2

Este meu trabalho "As ondas do fado" pretende ser uma imagem do fado, nas ondas do som, das cordas, do mar, da guitarra. A "força" criativa das mãos, uma vez mais. Irá mostrar as duas mãos do guitarrista, a guitarra, as "ondas" que a sua música cria! Veremos para onde o projecto se orienta e me leva.


1. Voluta
2. Braço
3. ... e Corpo da
      guitarra
 
 ... mais um sábado, mais quatro horas de entrega à madeira, às mãos, à guitarra; preparar as madeiras necessárias para as demais partes da escultura (o braço e o corpo da guitarra, a voluta). As esculturas mais pequenas normalmente são feitas de um só bloco de madeira. Dadas as dimensões que este painel terá, optei por trabalhar por secções e ir reunindo as partes no conjunto. O evoluir do projecto ditará a sua adaptação e eventual modificação. Por alguma experiência anterior, concluo que para mim é importante ter uma visão mais global do projecto, deixando para mais tarde, quando o conjunto já mostrar unidade,  os acabamentos ("limpar", lixar, polir, dar alguma cor, cera, verniz...) Por enquanto estou concentrado na mão esquerda e na guitarra. Depois, a mão direita e "as ondas que o fado cria..."

sexta-feira, 1 de abril de 2011

As ondas do fado 1

Este é o meu mais recente projecto de escultura em madeira. Durante alguns meses por aqui andarei com ele e regularmente divulgarei imagens que documentarão o seu progresso. Por agora, uma imagem do bloco onde começa a surgir a mão esquerda, que segura o braço da guitarra. Das próximas fases irei dando notícias... Tudo começou em finais de fevereiro com um bloco de madeira  de cerca de 25cm x 18cm x 16cm ( "basswood" - tília americana) ...  Até breve!
Há sempre muito mais para lá do fado
para além das cordas das águas e das mãos... 
ou das ondas dos sons e das marés.




Tantas mãos e aqui as minhas...  
Por onde andarão as tuas?

A construção das mãos

                                                                                             

“... visto daqui, há sempre 
uma dimensão de viagem e de saudade 
do outro lado ou, dentro do mesmo pensamento,
a urgência de algo a construir do lado de cá.”

domingo, 20 de fevereiro de 2011

rendilhadas subtilezas do amor


rasgar espumas prolongadas
em fatias de vento 

levar nuvens e cortinas
para lá das janelas e 
colher a luz da corrente 

de um ramo de sonhos
fazer uma jarra ou
um livro de histórias

soltar tintas e estrelas
ser vela de navio
bordadeira de palavras gestos 

com as mãos do romance





      When we love what we do...
      When we do what we love...
      When we really love...
      We do lovely things...


      With all my mom's Love




As mãos da minha mãe!...
           (escultura de João S Martins)