sábado, 26 de março de 2011

escrita



do formão fazes caneta,
da tábua, folha sedenta,
nasce do tronco um poema,
golpe a golpe, letra a letra,
que no fim soa a soneto.

nos meus poemas limo arestas
usando esta madeira e estas mãos,
o tempo irá trazer a lume e dará cor
à voz macia que o poema encorpa;
da madeira-matéria escolho a forma
risco, desenho e deixo sossegar.

madeira, raíz sã,
palavras do coração
fruto das mãos.

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