terça-feira, 31 de maio de 2011
OS SONS DA ARTE E DO SILÊNCIO 17
sonhar e criar... o sonho da cor ... em tons quentes de madeira...
Fotografia e escultura - Eduardo Martins
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Os sons da arte e do silêncio
domingo, 29 de maio de 2011
poema - marcas no tempo
Voltei a mergulhar as mãos nas tintas,
como quem adora brincar com lama,
a mesma sofreguidão, ao modo antigo,
com que se abraça um corpo que se ama,
e festa a festa, carinho a carinho,
vou juntando calor, a cor e a forma,
misturando aqui e ali, devagarinho,
a carícia de luz que lhe faltava,
um ponto, meia sombra, um traço fino…
Depois, gozando da magia e do prazer,
cansado, repouso lado a lado,
contemplo o inacabado à exaustão,
repiro fundo e sopro-lhe alma, a vida,
que lhe vai dar o dom de ser só ela
para além das medidas de uma tela,
qual pai que solta e manda um filho,
livre no espaço, à conquista do mundo.
E de mãos prenhes de luz e de sabor
se faz a viagem, o retorno, o andar,
aqui e além deixando sempre a marca:
nos contrastes, nos tons, uma mensagem
nos brancos, nas linhas, na tinta da carta.
É a minha maneira de escrever meu nome
com traços pessoais, letras ternas,
galeria do infinito, além da imagem,
nesta forma muito minha de amar.
In: "Exercício de Pintura" Aguarelas de Ivone Martins
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sábado, 28 de maio de 2011
livro - Exercício de Pintura
" Hoje, depois de ter voltado a pintar, ao fim de tanto tempo (pressinto mais de quinze, tão longe me encontro e revejo nos anos), senti a vontade do regresso aos tempos de criança: voltar a brincar com a lama nas poças densas de água e pó, bater com as botas no charco e ficar com os pés, as mãos e as calças sujas… sentir o prazer de amassar a matéria com as mãos, sentir-lhe a viscosidade, a plástica, renovar o prazer de dar forma, criar marcas na lama do caminho ...
Voltei a tentar e tenteei voltar a pintar para além dos óleos, essências, corantes e diluentes; manusear agora para além das formas, dos tons, das sombras, da luz, dos riscos e dos espaços, prolongar estes para lá do rectângulo de uma tela, campo definido mas explosivo nas portas que entreabre e nos percursos que deixa antever. Nas essências dos óleos, por entre os riscos, os corantes e as sombras, não serão diluídos os sonhos…
E senti-me cada vez mais criança. Riscar, espalhar, colorir, ganham agora um sentido novo nas palavras, desenhos, letras, pontos e espaços a abrir... E ver a palavra crescer… "
In: "Exercício de Pintura" - João S Martins, 2001
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
poema - De Estrela em Estrela 1
Salto de estrela em estrela,
vou de pedrinha em pedrinha,
quero que seja a mais bela,
esta estrela pequenina.
Se ter estrela é ter sorte
na noite escura de breu,
a estrela que me dá norte
Estrela do meu futuro
dá luz a todo o momento,
estende os braços no escuro
e leva as sombras no vento.
Brilhe pouco ou brilhe muito,
qual luz meiga de uma vela,
deixa ver para lá da noite:
é a sorte de uma estrela.
A mesma estrela menina,
a mesma sorte que agora
me acompanha e ilumina
sem que a estrela vá embora.
Sou eu que escolho a viagem,
um caminho muito meu,
pairando longe na aragem,
será a estrela ou sou eu?
Vou para lá do universo Arte de João P. Martins
cavalgando a fantasia,
e na hora do regresso
tenho a estrela como guia
In:" A Estrelinha da Serra..."
poema - De Estrela em Estrela 2
No dorsel da minha estrela
corro o mundo, lés a lés,
a luz da estrela é centelha
da fogueira que tu és.
Noite fora levo ao céu
as canções do teu encanto:
fiz das estrelas teu véu,
aconchega-me em teu manto.
brilho de estrela maior,
beijo-te e coro de inveja
em teus recantos de amor.
Terá um dia o teu nome
a estrelinha que inventei,
deu volta ao mundo e voltou
ao canto que em ti criei.
Bate, bate, estrela minha,
coração bate contente,
no brilho dessa estrelinha,
amor de agora e de sempre.
Um sorriso em teu olhar
e um sonho de mão em mão...
A estrelinha vai levar
o mundo em seu coração
In:" A Estrelinha da Serra..."
In:" A Estrelinha da Serra..."
terça-feira, 24 de maio de 2011
os livros... porquê?
Falar dos livros? Porquê, folhas fugazes...
Há estrelas, estrelas, estrelas de todas as idades. E há ideias que brilham como as estrelas... milhões de estrelas, milhões de ideias, milhões de histórias. A minha filha queria ser bailarina, um "estrela" de diferente estrelato... e assim nasceu uma história. E para sempre ela será a minha estrelinha!... De outras "estrelas", tradições, memórias, nasceram outras histórias. E, de um grupo de histórias, um livro. O primeiro!
"A Estrelinha da Serra e outras Histórias para Estrelas de todas as idades" - João S Martins - 2001
Porque os livros são assim, a sua vida dura enquanto dura... como as estrelas. Ainda que estas se prolonguem por inumeráveis anos luz, de difícil cálculo. E eu gosto de livros, como das estrelas... Brilham enquanto brilham, alumiam, apontam e dão brilho...
"E quando a minha voz já não se ouvir,
de mim irão dizer que o amor cantei.
A estrela que no céu está a sorrir
irá brilhar nos versos que deixei!"
Há estrelas, estrelas, estrelas de todas as idades. E há ideias que brilham como as estrelas... milhões de estrelas, milhões de ideias, milhões de histórias. A minha filha queria ser bailarina, um "estrela" de diferente estrelato... e assim nasceu uma história. E para sempre ela será a minha estrelinha!... De outras "estrelas", tradições, memórias, nasceram outras histórias. E, de um grupo de histórias, um livro. O primeiro!
"A Estrelinha da Serra e outras Histórias para Estrelas de todas as idades" - João S Martins - 2001
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domingo, 22 de maio de 2011
As ondas do fado 4
"de mão em mão nascem
mãos doces mãos
que a mão recria"
"... mão que vibra nas cordas
embala as ondas do mar
da alma que o fado navega ..."
A mão vai surgindo de um pedaço de madeira, onde antes ela já existia escondida, em embrião; apenas precisava de outras mãos que a construissem, lhe dessem forma. Interessante processo de remover o que não permitia que a mão fosse vista!... O desafio constante de não cortar ou remover demasiado, criar planos, definir pontos e ângulos. Depois... é só continuar, aperfeiçoar... o olhar, trabalho, carinho.
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sábado, 21 de maio de 2011
diário
" não sei escrever diários para além dos que o sol me ensina
nas cores das linhas com que atravessa as sombras e constroi
horizontes deixando em meu olhar a rede de colher sonhos... "
quinta-feira, 19 de maio de 2011
métrica
Arte de João P. Martinsno poema não se medea distância que separa
pensamento e palavrasna boca do poeta
há metros infindos.as réguas do poeta
são diferentesno espaço. reina
o silêncio. o infinitoeco da palavra dita
terça-feira, 17 de maio de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
livros
"Intervalo das Palavras"
"Cânticos Paralelos"
"cantos das estações e da viagem"
"o seu nome era Maria"
Pela primeira vez (?!...) reuni lado a lado as capas dos meus livros publicados entre 2001 e 2010 e, se eles não se surpreenderam por se verem lado a lado e partilharem a presença em "artamarte", a maior surpresa foi minha! Revejo-me neles; não sei de qual deles gostarei mais, como não saberei ter preferência por um filho entre os outros! Qual será e quando nascerá o sétimo?
sexta-feira, 13 de maio de 2011
SALA DE VISITAS 7 - Exposição e Livro
"EM TONS DE NOITE E LUZ"
Porto - Lisboa - Nova York
Porto - Lisboa - Nova York
cidades que Fernando Silva reconhece com grande influência na sua vida e na sua arte
Foi apresentado o mais recente livro de João S Martins
o seu nome era Maria
que inclui ilustrações de Ivone Martins, Carol, João Pedro, Carlos Eduardo e Fernando Silva
CREA - Casa do Ribatejo Espaço Arte - 156 Rome Street
Newark, NJ - Tel. 973 578 8145
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sábado, 7 de maio de 2011
antipoema
não te dês a ler sem que te peçam
não te reveles sem que te queiram
corres o risco de não ter eco
o que já de si é uma resposta
ou que espalhem na rua
o teu sincero interior despojado
e nu. dá-te a quem te espera
na entrega de quem deseja
Aguarela de Ivone Martins
sexta-feira, 6 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
As ondas do fado 3
Devagar, devagarinho... que as mãos requerem dedicação e paciência!... A peça vai-se manifestando.
A "voluta" começa a definir-se, aperfeiçoamento visível quando comparada com as fotografias anteriores...
Ao mesmo tempo, a mão direita do guitarrista, ainda em "bruto", vai tomando forma...
As diversas partes desta construção vão-se juntando
num processo que, durante semanas, nos levará ao conjunto final... Quando? A seu tempo se verá!...
A "voluta" começa a definir-se, aperfeiçoamento visível quando comparada com as fotografias anteriores...
Ao mesmo tempo, a mão direita do guitarrista, ainda em "bruto", vai tomando forma...
As diversas partes desta construção vão-se juntando
num processo que, durante semanas, nos levará ao conjunto final... Quando? A seu tempo se verá!...
A construção das mãos
Todos os sábados têm horas realizadas na entrega à madeira e à arte...
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segunda-feira, 2 de maio de 2011
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