sábado, 22 de junho de 2013

A PLATAFORMA

 
Apoiado ao cajado e mantas, decidiu parar para se refrescar, encostou-se por algum tempo, adormeceu por instantes, e sonhou: sonhou não ter memórias de um passado recente algo tumultuoso, sonhou antecipar um futuro, sonhou estendê-lo de forma a não ver repetidos esses relâmpagos intermitentes de desalentos e esperanças, os avanços e recuos constantes de visão… e deixou-se ficar por mais algum tempo saboreando esse estado de semi-consciência recheado de prazer. Depois… retomou viagem.


In: "A PLATAFORMA", João S Martins, inédito, 2005

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