mantenho os sonhos intactos.
se bem que os sonhos podem ser
sonhados em qualquer linguagem
torna-se mais fácil sonhar
nas palavras que aprendemos
com o leite e com os sonhos maternos
tão universais como o coração.
em casa sonhávamos e falávamos em polifonia:
na minha linguagem de berço ensinava os filhos(daí dependiam os laços com o longe e o tempo)
e na linguagem deles eu aprendia
as novas cores dos sonhos.
e de palavra em palavra de sonho
em sonho e nos verbos do coração
em vez de laços quebrados
temos braços ligados
desde o tempo em que os sentimentos nos ficaram
das raízes doutros tempose os sonhos ligaram as raízes aos frutos e ao futuro.
esse mesmo futuro como um livro
agora com novas páginas novas palavras
novos sonhos partilhados.
continuaremos a usar as palavras
e os sentimentos mais antigospara construir os sonhos do amanhã.
como ontem qualquer que seja
a língua e as palavras
contam os corações. e agora somos mais!...
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