domingo, 10 de abril de 2011

a capa dos poemas

suavemente passei,
com ternura de mão,
entre as estações e a viagem,
a mesma mão que escrevera
os poemas; e a nostalgia
me segredou um pedido:
um poema novo entre poemas.
a madeira, que era capa de livro,
sentiu a minha mão rugosa;
os poemas despertos responderam
à nostalgia que já não existia
a necessidade de mais um
poema a ser escrito:
a escrita dos poemas, essa
sim, fora o poema final.

Sem comentários:

Enviar um comentário