domingo, 2 de fevereiro de 2014

Pedras falantes




Enquanto as pedras me falam
histórias vivas sem tempo,
sinto nas pedras que afago
as carícias de outro vento…

           Vento meu, traz-me as memórias
           por entre as pedras perdidas!

Lascas de pedras rasgadas
de um tempo que se fez perto,
palavras mil semeadas,
folhas rasas, livro aberto.

           Livro meu, lê-me as histórias
           por entre as pedras vividas!

Corpos de pedra, sem braços,
de musgo verde vestida,
saudosos de outros abraços,
de um sopro que lhes dê vida.

Sonho meu, canta as vitórias 
sobre as pedras construídas!


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