tenho os dentes gastos
de tanto silêncio mastigar
e afiados de cortar as palavraspara digerir os sentimentosque lhes dão corpode fome me calosem força para falare calado sinto a fomede soltar as palavras presasna angústia das mãosde silêncios outras vezesme alimento e mastigosecuras desesperadasessa aridez que me preenchea boca e o olharenquanto aguardo uma palavraque me alimente o silênciofeito das raízes por nascersaboreio a esperançaou vice-versa
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