Era assim o nome do meu Avô "MANEL", também conhecido por "Manel moxo"!... nome que lhe ficou do tempo da I Grande Guerra. Sim, o meu avô, o sábio Manel, de quem eu recordo o olhar vivo e muitas outras histórias partilhadas ao longo dos seus 92 anos de vida. O nome foi passando através das gerações, alguns dos netos adoptaram-no até com a graça do seu sorriso maroto. Um grande homem que eu também quero recordar através da madeira, como nesta minha pequena escultura de 2011.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
o manel "moxo"
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escultura João Martins
domingo, 29 de janeiro de 2012
palavras de rua
palavras são escritos são esquinas
de dobrar. são descobertas, maresias,
espuma, molhe, cais, porto de abrigo.
cordas grossas, cordões de filigrana
pendurados ao peito são saudades,
que os ventos dispersam ou namoram.
estrelas do mar e de olhar, faróis,
luzes de rumo ou linhas de água
que se espraiam na areia e nas calçadas.
de dobrar. são descobertas, maresias,
espuma, molhe, cais, porto de abrigo.
cordas grossas, cordões de filigrana
pendurados ao peito são saudades,
que os ventos dispersam ou namoram.
estrelas do mar e de olhar, faróis,
luzes de rumo ou linhas de água
que se espraiam na areia e nas calçadas.
com palavras não mais seremos ilhas.
são o corpo das cantigas são gemidos
são o corpo das cantigas são gemidos
de beijos se o coração lhes dá nome,
palavra aqui palavra ali fazem-se ruas.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
espuma
tem sede
como uma esponja
absorve bebe
lê
lê e lê
mais tarde
por entre a espuma
solta versos
o poeta
poeta
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
fotografia
Os poetas, músicos, pintores, escultores, ilustradores, também são fotógrafos, como todos os artistas; e os fotógrafos escrevem as imagens e olhares da poesia no negativo-positivo, agudo-grave, claro-escuro da realidade, quando nela descobrem muito mais do que aparentemente se vislumbra.
São radiografias do real, lado a lado com fotografias do imaginário!...
Também assim se faz este blogue. Assim nascem poemas, músicas, pinturas, esculturas, desenhos e ilustrações, fotografias, arte!
sábado, 21 de janeiro de 2012
9 palavras e uma rua (de palavras)
rua da palavrapalavra de rua palavra na ruapalavra que é minha palavra que é tuatua palavra quebrada o corpo é que suapalavra da noite pintada na luapalavra de amor ou palavra nuapalavra que é o nome da rua
rua da palavrapalavra de rua palavra na ruapalavra que é minha palavra que é tuapalavra quebrada o corpo é que suapalavra da noite pintada na luapalavra de amor ou palavra nuapalavra que é o nome da rua
rua da palavrapalavra de rua palavra na ruapalavra que é minha palavra que é tuapalavra quebrada o corpo é que suapalavra da noite pintada na luapalavra de amor ou palavra nuapalavra que é o nome da rua
rua da palavrapalavra de rua palavra na ruapalavra que é minha palavra que é tuapalavra quebrada o corpo é que suapalavra da noite pintada na luapalavra de amor ou palavra nuapalavra que é o nome da rua
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
rua da palavra
palavra de rua palavra na rua
palavra que é minha palavra que é tua
palavra quebrada o corpo é que sua
palavra da noite pintada na lua
palavra de amor ou palavra nua
palavra que é o nome da rua
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
dois poemas num só
não tenho mãos vaziastenho estradas
são duas
desenhadas por canetascortadas por ferramentasfolhas rasgadas
as minhas
não eram mãos polidaseram estradasquando habitadas são ruas
as tuas
domingo, 15 de janeiro de 2012
a construção das mãos
Já se escuta o trinar, as mãos vão-se ajustando à guitarra.
Paciência na dupla aprendizagem... dos sons e da madeira.
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
o branco dos livros
dás-me livros em branco
queres que eu escreva?
dás-me brancos livros
(que desejas) que eu leia?
dás-me livros sem linhas
e esperas que eu te escreva?
dás-me livros livros
e eu que leia!
nos livros que escrevo
tu me lês e eu te leio
outros lerão nos livros que me dás.
ler-me-ão? quem sabe
dos livros que me dáse que eu te dou. quantos. dirãoos meus e teus desenhos
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
a escrita e as mãos
que a poesia não produzdizemnão faz coisas que se vejam
diferenças tonalidadesentre banalidades aindaque sentidas.
não se faz caminho no escurocom panos pretossacos fechados
a noite são as luzes acesastímidas mesmoque reduzidasmas belas
As mãos e a escrita em 1987 em Portugal, nesta dupla paixão se anunciava. As mãos desenhavam o que a escrita incipiente começava a dar corpo: a palavra. Com agradável surpresa descobri este desenho, que comigo viajou o tempo e o Atlântico, num album de fotografias e de memórias.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
poema - janelas
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
poema - os dias da criação
são erupções cutâneas
com palavras adiadas
em recantos íntimos
aí
se desenham olhares
livros no prelo
águas que varrem o corpoe dançam ao ritmo das mãos
no banho que aqueceos gestos húmidos
não há tinta
que resistaa tal ardor
águas corremsementes despontamem banhos de ansiedadedesejos pinturase explosões de vida
(tenho. sinto)
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